quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Região Sul (Nathan Sachi , Nicholas Sachi)

                                   Região Sul (Nathan Sachi) 


        Relevo  -
      O Relevo da Região Sul do Brasil é caracterizado por um conjunto de relevos planálticos que se elevam em altitudes até mais de 1.000 metros sobre o nível do mar, decrescendo de altitudes no oeste, onde corre o rio Paraná nas altitudes de 100 a 300 metros. Abrangendo cerca de 3/4 partes do relevo regional, o mencionado conjunto é denominado de Planalto Meridional do Brasil e desdobra-se em planaltos que se suceedem de leste para oeste, bordejados por escarpas voltadas para o leste, no Paraná, em Santa Catarina e no nordeste do Rio Grande do Sul, onde o talude inflete-se para oeste-sudoeste, fragmentado em altitudes reduzidas, à medida que atinge ocentro-sul do estado.
            Um litoral composto por exíguas planícies costeiras dispostas ao pé do magnífico escarpamento que limita o primeiro conjunto planálticocompleta o quadro do relevo regional, diversifiicado, porém, no Rio Grande do Sul. Aí, a interiorização da escarpa favorece a ampliação daplanície litorânea e da depressão desenvolvida de leste para o oeste, ao pé do talude da Serra Geral.   



    Fauna - 

A região Sul do Brasil, composta pelos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, apresenta dois biomas distintos — os Pampas e a Mata Atlântica. Esta, mesmo bastante destruída, apresenta rica biodiversidade. Através de tais biomas, a fauna se desenvolve, entre o verde das matas e as áreas cada vez mais devastadas pela agricultura e pecuária.
Distribuída do Sul até o Nordeste do Brasil, resta apenas 7% da vegetação original da Mata Atlântica, contribuindo para que várias espécies características desse bioma estejam ameaçadas de extinção. Com a aplicação da Legislação Ambiental e a criação de Unidades de Conservação como Parques e Reservas Ecológicas, algumas espécies endêmicas (características da região), antes ameaçadas de extinção, voltam a aparecer em seus habitats.
Os Campos do Sul, também chamados de Pampas, apresentam poucas espécies animais e vegetais, por serem caracterizados por vastas extensões de terras planas, dominadas por vegetação rasteira.
Com o clima temperado, a região Sul é o destino predileto de aves migratórias, que encontram em suas águas e matas o lugar ideal para fugirem do inverno no hemisfério Norte e também se reproduzirem.

No Rio Grande do Sul, destacam-se as espécies seriema, puma, coati, suçuarana, tucano-de-bico-verde, ema e o tamanduá-mirim. Já em Santa Catarina, jacutinga, bugio, veado-mateiro; e, no Paraná, a jaguatirica, o puma, a onça-pintada, o lobo-guará, a lontra, a ariranha, entre outros.

Tucano de bico verde   Jacutinga   Jaguatirica
Atualmente, o Rio Grande do Sul é um dos estados que mais alimentam o tráfego de animais, servindo tanto de rota para os piratas, como de mercado consumidor, principalmente a Região Metropolitana de Porto Alegre. É preciso entender que os animais silvestres devem e têm direito a viver livres, e não presos em gaiolas ou acorrentados.
Deve-se ter em mente que a fauna e a flora estão intimamente ligadas, e o desequilíbrio de uma afeta a outra. Logo, a manutenção das espécies é necessária para o equilíbrio ambiental.

 População- 

O estado do Rio Grande do Sul possui uma área de 268.781,896 km2, na qual se encontram 496 municípios povoados por aproximadamente  10.693.929  habitantes, esses são denominados de gaúchos ou sul-rio-grandense. 





Hidrografiia- 

No Rio Grande do Sul distingue-se, basicamente, dois grupos de cursos d'água, os que correm para o Atlântico e os que correm para o Rio Uruguai, conforme mostra o mapa.
A região do Planalto Médio, hidrograficamente pertence à bacia do Rio Uruguai, embora as nascentes dos Rios Taquari e Jacuí originam-se nessa região (VIEIRA, 1984).
A Bacia Hidrográfica do Uruguai, ocupando uma área de 178.235 km2 está representada pelo Rio Uruguai, seus formadores e afluentes até a confluência com o Rio Quaraí, na fronteira do Brasil com o Uruguai. O Rio Uruguai, bem como seus afluentes, a montante de Porto Lucena (RS), está muito encaixado, apresentando-se sinuoso e com curvas meandrantes. Apresenta, também, dois estreitamentos no leito, um a jusante de Marcelino Ramos (RS), onde o rio apresenta um leito rochoso, bastante largo que só é todo ocupado em épocas de cheia e outro, que ocorre na reserva do Parque Estadual do Turvo, em Tenente Portela (RS), onde o rio concentra suas águas em um lado do leito, cuja margem esquerda é rebaixada. Nesse trecho, o Rio Uruguai recebe, entre outros, pela margem direita, os Rios do Peixe, Irani, Chapecó, das Antas e Peperi-Guaçu e, pela margem esquerda, os Rios Forquilha, Ligeiro, Passo Fundo, da Várzea, Guarita e Turvo. Todos se apresentam encaixados, com corredeiras e quedas d'água em seus leitos, possuindo elevado potencial energético, em grande parte já utilizado (JUSTUS, 1990).
O Rio Ibicuí com seus dois tributários ao Sul, o Santa Maria e o Ibirapuitã, juntamente com seus tributários à direita como o Toropi, Jaguari e Itu, pertencem a bacias do Uruguai. Também correndo na direção Oeste, no limite com a República do Uruguai, aparece o Rio Quaraí. O Rio Quaraí e o Rio Ibicuí com seus tributários ao sul e a parte inferior dos tributários ao Norte pertencem à região da Campanha.
Na região do Planalto, mais propriamente nas Missões, aparece com destaque o Rio Ijuí que também pertence à bacia do Uruguai.
Dentre os rios que correm para o Atlântico, os oriundos do próprio litoral, devido à sua pouca largura, ao fraco declive e à natureza dos areais, são pouco expressivos; o mais notável deles é o Rio Chuí.
De maior importância são as barras de Rio Grande e de Tramandaí. O canal de Rio Grande é o escoadouro da Lagoa dos Patos, que recebe cerca da metade das bacias hidrográficas do Estado. O Tramandaí, de maneira semelhante, embora em menor escala, recolhe as águas da vertente oceânica da Serra Geral, reunidas antes em numerosos lagos ligados entre si.
A Serra do Sudeste, hidrograficamente pertence à bacia atlântica, dirigindo todos os seus cursos de água para o escoadouro comum de Rio Grande. Sobressaem-se pelo seu volume, os Rios Jaguarão, Piratini e Camaquã. Os rios que nascem no talude norte desta serra, irão correr primeiramente para o Rio Jacuí.
O Rio Jacuí, o maior do interior do Estado, tem suas nascentes no Planalto Médio, escoando primeiramente no sentido sul e posteriormente no sentido Leste, pertencendo portanto à bacia do atlântico. 


Clima - 

Os três estados pertencentes à Região Sul possuem as cidades mais frias do Brasil. O clima da região é subtropical, com incidência de geadas, podendo, em casos extremos, nevar em algumas cidades. Os ventos que atingem essas localidades costumam interferir no clima. Quando ocorrem durante o verão, recebem o nome de ventos alísios e vem do sudeste; já no inverno, os ventos recebem o nome de minuano ou pampeiro e surgem de massas de ar do Polo Sul.clima-da-regiao-sul.jpg
Localizada abaixo do trópico de Capricórnio, aregião pertence a uma zona temperada com uma temperatura média entre 14º e 22ºC anualmente. Nas localidades com clima mais tranquilo, a vegetação predominante são as florestas de araucárias, mas também se encontram pradarias e campos naturais, conhecidos como pampas. O clima m
ais frio da região é apontado como um dos motivos para o grande número de imigrantes que foram para lá.  






Vegetação - 


A Região Sul é ocupada também por vastas extensões de terra de campos limpos, conhecidos pelo nome de campos meridionais, divididos em duas áreas distintas. A primeira corresponde aos campos dos planaltos, que ocorrem em manchas desde o Paraná até o norte do Rio Grande do Sul. A segunda área — os campos da campanha — é mais extensa e localiza-se inteiramente no Rio Grande do Sul, em uma região conhecida como Campanha Gaúcha ou pampa. É a vegetação natural das coxilhas e aparece como uma camada de ervas rasteiras. 



Cultura - 

Fortemente influenciada pela cultura dos imigrantes europeus, a região Sul do Brasil apresenta grande pluralidade cultural. Os estados integrantes são: o Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. Os imigrantes europeus começaram a chegar ao fim do século XIX e contribuíram para o desenvolvimento econômico da região, baseado na pequena propriedade rural de policultura.

Essa região apresenta elementos culturais dos índios (primeiros ocupantes do território), espanhóis e portugueses (colonizadores), negros (escravos). Posteriormente, os imigrantes alemães, italianos, açorianos, eslavos, japoneses, entre outros, contribuíram para a diversidade cultural do Sul do Brasil.

Entre as manifestações culturais dessa região estão:

Rio Grande do Sul
Os gaúchos dos pampas, ou das cidades, formam um povo rico em tradições. Grande parte dos seus aspectos culturais é oriunda dos imigrantes alemães, que habitaram a região por volta de 1824. Os italianos, espanhóis e portugueses também contribuíram para a riqueza cultural desse estado.

Entre as principais características culturais do gaúcho estão: a bombacha, o lenço, o poncho, e o chimarrão.

Chimarrão
A festa de Nossa Senhora dos Navegantes, de origem portuguesa, é realizada em Porto Alegre no dia 2 de fevereiro, no rio Guaíba, onde centenas de barcos e milhares de fiéis devotos participam da procissão fluvial.
Algumas cidades do Sul celebram as tradições dos antepassados em festas típicas, como a Festa da Uva, em Caxias do Sul (RS).

Paraná
Apresenta aspectos culturais dos imigrantes alemães, italianos, poloneses, ucranianos, holandeses, etc. Eles influenciaram fortemente a cultura do estado.

As principais festas culturais do Paraná são: cavalhada, congada, dança ou fandango de São Gonçalo, festa da cerejeira, festa do Divino, coroação de Nossa Senhora, festa de São Benedito, entre outras.

Um dos pratos típicos do Paraná é o barreado, um cozido de carne, prato caboclo típico do litoral. Ele é preparado com carne bovina, toucinho e temperos colocados em uma panela de barro. Ela é enterrada e acende-se por cima, uma fogueira. Após 12 horas de cozimento, a iguaria está pronta.

Barreado
Santa Catarina

Em Santa Catarina há uma grande quantidade de casas com arquitetura tipicamente europeia, além da arquitetura, os imigrantes do velho continente contribuíram na cultura vinhateira, na triticultura (cultura com trigo), linho, algodão, cânhamo e mandioca.

Alguns eventos culturais são marcantes, e mobilizam várias pessoas. O boi-de-mamão, por exemplo, vai do Natal ao Carnaval. Começa com as prendas e pedidos de ajuda e termina com a morte e ressurreição do boi.

A Oktoberfest, em Blumenau (SC), é uma festa de origem alemã, tradicional festa da cerveja. Esse evento atrai milhares de turistas.

Oktoberfest
Outro elemento da cultura de Santa Catarina é a dança de fitas, uma tradição milenar, o qual consiste num pau de fita, cujo mastro é sustentado no centro da dança por um menino. Da ponta do mastro saem pares de fita, cujas figurações se atém ao ato de trançá-las, girando e dançando em torno do mastro central.

Em Santa Catarina o boi na vara ainda é praticado, sendo uma espécie de tourada. O boi, preso a uma vara com corda, investe num boneco até o esgotamento. Outras vezes, soltam os animais e os homens saem correndo, derrubam o boi e despedaçam-no.


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