segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Região Norte ( Daniel Candiido )

Relevo  


O Relevo da Região norte é bastante conhecido pelas variedades de matas, e também pelo clima quente e principalmente, pela grande quantidade de rios muito grandes que completam o relevo da região norte, além da humidade o ano todo. A região norte é bastante marcada pelo relevo em planícies, planalto e depressões e é a região do País onde a paisagem natural mais interfere na ocupação do espaço.
Na região norte estão localizados o maior e o segundo maior estado do Brasil, respectivamente Amazonas e Pará, sem contar que abriga a maior floresta verde do mundo, é onde se respira o melhor ar do Brasil.
O Relevo da região norte do Brasil é genericamente conhecido como Planície Amazônica, embora a verdadeira planície apareça apenas margeando o rio Amazonas ou em pequenos trechos, em meio a áreas mais altas. Esse compartimento do relevo do Brasil divide-se em vários nomes, igapós, tesos ou terraços fluviais e terra firme.
Apesar de ser a maior região em termos superficiais, é a segunda menos populosa do Brasil, pois os habitantes normalmente são descendentes indígenas, então são meio que distantes uns dos outros, mas é uma terra linda e encantadora, onde várias pessoas viajam para curtir o que de melhor tem a natureza.
Infelizmente, grandes empresas estão comprando esta área por preço de banana, e nós brasileiros nem estamos sabendo o que se passa. Há um forte comprometimento da mídia convencional (rádio e TV) em relação a mostrar o que verdadeiramente está acontecendo, devido aos lucros gerados pela elite, detentora do capital, mas em muitas áreas da Amazônia já não nos é permitida a entrada livre, com uma forte desculpa de proteção ambiental, no entanto muitos biólogos do exterior estão patenteando plantas e espécies de insetos e animais, que irão ser vendidos como remédios a todo o povo do globo, inclusive a todos nós brasileiros, a preços excessivos, como é de costume da indústria farmacêutica e da ciência, tida como confiável.



Fauna 


A Floresta Amazônica possui uma das mais ricas biodiversidades do mundo, isso significa que nessa floresta reside uma grande variedade de seres vivos, vegetal e animal. 

No contexto das espécies de fauna presentes na Floresta Amazônica existem registros de cerca de 1.800 espécies diferentes de aves, 2.500 de peixes, 320 de mamíferos e dezenas de espécies de répteis, anfíbios e insetos. 

A Flora Amazônica é bastante rica, de acordo com alguns estudos esse bioma abriga cerca de 30 milhões de espécies vegetais, dentre esses as de maior destaque são a seringueira, castanheira, cacaueiro e um dos símbolos da Amazônia: a vitória-régia. 

No entanto, esses números apresentados não são totalmente definitivos, pois por falta de pesquisas, muitas espécies de vegetais e de animais ainda continuam desconhecidas pela classe científica e pelo público em geral. Uma das dificuldades para coletar dados acerca da biodiversidade da Floresta Amazônica está na grande extensão da floresta e as barreiras impostas pelas adversidades do lugar que impedem a locomoção até as áreas propícias à descoberta de novas espécies da fauna e da flora. 

Esse rico ecossistema possui uma imensa quantidade seres vivos, desde microrganismos até animais de grande porte, de briófitas até árvores de grande porte, nessa perspectiva, a seguir alguns dos principais exemplares da fauna e da flora da Floresta Amazônica.  


População 


A Região Norte é a maior do país em extensão territorial, porém sua população é pequena, supera somente o Centro-Oeste (14.058.094 habitantes). A população absoluta da Região Norte responde por cerca de 8% do total do país, somando 15.864.454 habitantes, conforme dados do Censo Demográfico de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística (IBGE).

Entre os estados integrantes da Região, o mais populoso é o Pará, com 7.581.051 habitantes, enquanto que Roraima possui somente 450.479 habitantes.

No Norte é possível identificar diversos vazios demográficos, por isso apresenta uma população relativa de aproximadamente 4,1 hab/km². Essa é uma realidade presente em todos estados que compõem a Região.

Grande parte da população se encontra distribuída nos centros urbanos, em cerca de 500 municípios dispersos por toda região.

O povo do Norte é descendente de índios, portugueses, além dos migrantes oriundos de outras regiões brasileiras, como do Sudeste e do Sul. A população da Região Norte segundo a cor/raça está dividida em pardos (69,2%), brancos (23,9%), negros (6,2%) e índios e amarelos (0,7%).

Um dado interessante sobre a região em questão é a concentração urbana e rural nas margens de rios, com tal característica temos cidades como Belém, Manaus, Porto Velho, Santarém, entre outras. Esse aspecto recebe o nome de população ribeirinha.
A concentração ribeirinha é decorrente da falta de vias de transporte ferroviário e rodoviário, assim a população utiliza como principal meio de deslocamento as embarcações fluviais.

Um dos principais problemas enfrentados pela população é o desprovimento dos serviços de saneamento básico e coleta de lixo, praticamente todos os estados apresentam índices muito baixos de saneamento básico.  



Hidrografia 



Na região Norte predominam rios extensos e caudalosos que drenam terras de altitudes pouco elevada.
Nessa Região está localizada a maior rede hidrográfica do mundo, sendo a mais extensa e a maior em volume de água. Duas bacias a compõem, a Amazônica e a do Tocantins-Araguaia, formadas por uma grande quantidade de rios extensos e caudalosos.
A Bacia Amazônica abrange terras que vão da região Centro-Oeste até outros países da América do Sul, que são a Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Venezuela.
Na Cordilheira dos Andes, no Peru, está localizada a nascente do Rio Amazonas, cerca de 250 mil metros cúbicos de água por segundo são lançados pelo Rio Amazônas no Oceano Atlântico.
O Rio Amazonas é o rio mais caudaloso e extenso do planeta, graças ao tamanho do rio três portos estão localizados ao longo do seu percurso, as principais cidades da região estão situadas próximas dos rios, onde há um fluxo grande de mercadorias.
A bacia Amazônica possui um potencial hidráulico muito grande, que é usado em usinas hidrelétricas, além de fornecer alimentos para população por meio da pesca.
A maior ilha costeira do Brasil encontra-se localizada na foz do Rio Amazonas, a Ilha de Marajó, é nesse local que ocorre o fenômeno conhecido como pororoca, o encontro das águas do Rio Amazonas, com as águas do oceano, formando uma onda continua com aproximadamente 5m de altura.
A bacia do Tocantis-Araguaia, banha terras dos estados do Tocantins e Pará, nasce na região Centro Oeste e deságua no Oceano Atlântico. A maior usina hidrelétrica da região foi construída nessa bacia,a usina de Tucuruí, fundamental para geração de energia consumida tanto no Norte, como no Nordeste.

Clima

Clima equatorial: O clima da região Norte predominante na Amazônia, ao norte do Mato Grosso e a oeste do Maranhão, está sob ação das massas de ar equatorial continental e equatorial atlântica, de ar quente e geralmente úmido e semi-úmido. Suas principais características são temperaturas médias elevadas (de 25 ºC a 27 ºC), chuvas abundantes - com índices próximos de 2 mil milímetros anuais - e bem distribuídas no decorrer do ano, e reduzida amplitude térmica, não ultrapassando 3 ºC. No inverno, essa região pode sofrer influência da massa polar atlântica, que atinge a Amazônia ocidental, ocasionando um fenômeno denominado friagem, ou seja, súbito rebaixamento da temperatura em uma região normalmente muito quente. 



Vegetação  



Floresta Amazônica: Ocupa cerca de 40% do território brasileiro - em uma área que abrange a totalidade da Região Norte, o norte do Mato Grosso e o oeste do Maranhão -, estendendo-se ainda pelos países vizinhos (Suriname, Guiana, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia), além da Guiana Francesa. É uma floresta latifoliada (do latim lati, que significa largo), ou seja, com predominância de espécies vegetais de folhas largas. Com características próprias de clima equatorial, tipicamente quente e bastante úmido, é também conhecida como hiléia. Apresenta grande heterogeneidade de espécies animais e vegetais e caracteriza-se por três diferentes matas: de igapó, várzea e terra firme. A mata de igapó corresponde à parte da floresta onde o solo se encontra inundado. Ocorre principalmente no baixo Amazonas e reúne espécies como o mucuri, a sumaúma, o jauari e a vitória-régia. A mata de várzea é própria das regiões que são periodicamente inundadas, denominadas terraços fluviais. Intermediárias entre os igapós e a terra firme, as espécies da mata de várzea têm formações variadas, como seringueira, palmeira, jatobá e maçaranduba. A altura dessas espécies aumenta à medida que se distanciam dos rios. As matas de terra firme correspondem à parte mais elevada do relevo. Com solo seco, livre de inundação, as árvores podem chegar a 65 metros de altura. O entrelaçamento de suas copas, em algumas regiões, impede quase totalmente a passagem de luz, o que torna seu interior muito úmido, escuro e pouco ventilado. Em terra firme encontram-se espécies como o castanheiro, o mogno e o guaraná. Os principais produtos extraídos da floresta são o guaraná, o látex e a castanha-do-pará.  


Cultura 


Os estados que compõem a região Norte do Brasil são: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Essa é a maior região brasileira em extensão territorial (3.853.397,2 km²), corresponde a aproximadamente 42% do território nacional e seu contingente populacional é de 15 milhões de habitantes, composto por indígenas e imigrantes: gaúchos, paranaenses, paulistas, nordestinos, africanos, europeus e asiáticos.

Todos esses fatores contribuem para a pluralidade cultural, composta por diversas danças, crenças, comidas, festas, dentre outros aspectos que integram a cultura de um povo.

Os índios realizam inúmeros rituais, cada tribo expressa sua crença e tradição, havendo diferenciação nos elementos culturais. Em suas celebrações, os índios normalmente, se pintam e usam vários acessórios, por motivos de vaidade ou questões religiosas.

Celebração indígena
O Círio de Nazaré é uma das maiores e mais belas procissões católicas realizadas no Brasil e no mundo. Reúne, anualmente, cerca de dois milhões de romeiros numa caminhada de fé pelas ruas da cidade de Belém, capital do estado do Pará, ato representado por um grandioso espetáculo em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré, a mãe de Jesus.

A Festa do Divino é de origem portuguesa. Uma da mais cultuadas em Rondônia, reúne centenas de fiéis nos meses de abril, maio e junho, proporcionando um belo espetáculo. Os festejos iniciam-se após a quaresma, com a saída da bandeira do Divino. A bandeira é vermelha e possui uma pomba branca, além de várias fitas coloridas.

Jerusalém da Amazônia é a segunda maior cidade cenográfica do mundo, onde se encena a Paixão de Cristo durante a Semana Santa. Esse é outro evento cultural de fundamental importância, realizado na região Norte.

A Folia de Reis é uma manifestação cultural muito comum nos estados que compõem a referida região, na qual se comemora o nascimento de Jesus Cristo, encenando a visita dos três Reis Magos à gruta de Belém para adorar o Menino-Deus. Dados relacionados a essa festa, afirmam que sua origem é portuguesa e tinha um caráter de diversão, simbolizando a comemoração do nascimento de Cristo.

Os Três Reis Magos
Na cidade de Taguatinga, localizada no sul do estado do Tocantins, as Cavalhadas acontecem durante a festa de Nossa Senhora da Abadia, nos dias 12 e 13 de agosto. O ritual inicia-se com a benção do sacerdote aos cavalheiros, juntamente com a entrega das lanças usadas nos treinamentos para a batalha ao imperador, simbolizando que estes estão preparados para se apresentar em louvor a Nossa Senhora da Abadia e em honra ao imperador. É a representação de uma batalha de cunho religioso entre mouros e cristãos,  na qual estes últimos acabam vencendo, e ocorre a submissão dos mouros ao cristianismo.

O Congo ou Congada é uma manifestação cultural de origem africana, mas com influência ibérica no que se refere à religiosidade. É popular em toda a região Norte do Brasil, durante o Natal e nas festividades de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito.
A congada é a representação da coroação do rei e da rainha, eleitos pelos escravos, e da chegada da embaixada, que motiva a luta entre o partido do rei e do embaixador. Vence o rei, perdoa-se o embaixador. O término ocorre na igreja com a realização do batizado dos infiéis.

O Boi-Bumbá é uma vertente do Bumba Meu Boi, muito praticado no Brasil. É uma das mais antigas formas de distração popular. Foi introduzido pelos colonizadores europeus, correspondendo à primeira expressão de teatro popular brasileiro.
O Festival de Parintins é um dos maiores responsáveis pela divulgação cultural do Boi-Bumbá, realizado desde 1913. No Bumbódromo apresentam-se as agremiações Boi Garantido (vermelho) e o Boi Caprichoso (azul), sendo destinadas a elas três horas para cada apresentação. São três noites de apresentação, nas quais são abordados, através das alegorias e encenações, aspectos regionais, como: lendas, rituais indígenas e costumes dos ribeirinhos. Anualmente, aproximadamente 35 mil pessoas prestigiam essa manifestação cultural.

Festival de Parintins
O artesanato no Norte é bem diversificado e os trabalhos são produzidos com fibras, coquinhos, cerâmica, pedra-sabão, barro, couro, madeira, látex, entre outros. São produzidos bichos, colares, pulseiras, brincos, cestarias, potes, etc.

Destacam-se os trabalhos artesanais indígenas, muito utilizados como enfeites, para compor a indumentária usada nos rituais e também para a produção de utensílios domésticos e na comercialização. Os Karajás são excelentes artesãos da arte plumária e cerâmica. Os Akwe (Xerente) são considerados o povo do trançado (cestaria) e os Timbiras (Apinajé e Krahô), são especialistas na arte dos trançados e artefatos de sementes nativas do cerrado.

O capim dourado é muito utilizado pelos artesãos tocantinenses, é uma planta exclusiva do estado, sendo mais comum no Jalapão. Na produção dos artesanatos são feitas bolsas, potes, pulseiras, brincos, mandalas, chapéus, enfeites e suplast. Hoje são confeccionados aproximadamente 50 tipos de produtos, com uma característica peculiar - todos com formatos arredondados porque a fibra não permite ser dobrada.

Artesanato realizado com capim dourado
A culinária é influenciada pela cultura indígena, baseada na mandioca e em peixes. A carne de sol é bastante consumida pela população. Nas cidades de Belém e em Manaus, o tacacá é tomado direto na cuia indígena, espécie de sopa quente feita com tucupi, goma de mandioca, jambu (um tipo de erva), camarão seco e pimenta de cheiro. O tucupi é um caldo da mandioca cozida e espremida no tipiti (peneira indígena), que acompanha o típico pato ao tucupi, do Pará. Outros elementos da culinária nortista são: tapioca, farofas, canjica, mingau, mundico-e-zefinha (doce de cupuaçu com queijo de Marajó, feito com o leite de búfala), ariá (espécie de rabanete), etc.

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